terça-feira, 12 de junho de 2012

Músicas estimulam o raciocínio lógico...


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Muito se fala sobre os benefícios da música para crianças e bebês. Segundo os especialistas, a experiência auditiva começa ainda na barriga da mãe. “É o que chamamos de precocidade da experiência musical. A partir do quinto mês de gestação, quando nosso aparelho auditivo já está formado, ficamos submetidos a estímulos sonoros, desde batimentos cardíacos até a voz da mãe”, afirma a musicoterapeuta Bianca Bruno. O vínculo entre esses sons e o afeto presente neles já é considerado fundamental para o bom desenvolvimento dos bebês.
A música tem representações em diversas áreas do cérebro e pode se relacionar a diferentes tipos de conhecimento, diz a musicoterapeuta. “Além do fato de existir uma área específica, como dizem os neurologistas, que se caracteriza pelas funções musicais”.
Julia Holanda, professora do Centro de Educação Musical Holanda, em Goiânia, corrobora: “Ao entrarmos em contato com a música, todo o nosso cérebro é estimulado, especialmente uma boa parte do hemisfério esquerdo”.

Desempenho superior
Julia Holanda lembra uma pesquisa que observou o comportamento de crianças submetidas a três tipos de atividades: aulas de xadrez, computação e música. Ela conta que aquelas que estiveram em contato com a música obtiveram desempenho 40% superior em suas atividades escolares. “A música trabalha como prevenção e como tratamento. Utiliza raciocínio lógico e matemático, coordenação motora, concentração, as emoções e as relações sociais”, diz a professora.

“As escolas devem pensar a música no conjunto de seu projeto político-pedagógico, definindo, assim, as formas condizentes com a organização de seus currículos”, defende Clélia Craveio, conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Música é emoção
Dividida em compassos e ritmos, as melodias estimulam o raciocínio lógico, além de explorar a concentração dos pequenos para acompanhar o tempo da música. A sensibilidade musical, segundo Holanda, está diretamente atrelada aos sentimentos e ao que o som representa. “A mãe que quer estimular seu filho com música precisa transformá-la em uma experiência afetiva agradável. Se lhe for direcionada como uma obrigação, pode atrapalhar. Pais que desejam herdeiros geniais podem submeter as crianças a uma experiência afetiva ruim, e a forma lúdica é fundamentalmente importante para o desenvolvimento desses estímulos”, alerta a musicoterapeuta.

Os sons e as melodias aguçam a percepção sonora e estimulam a observação. Como explica Bianca, a criança passa a ver o mundo com mais detalhes. “Ainda que o Efeito Mozart seja questionável, qualquer pai e mãe que associe a música a uma emoção positiva pode conseguir incentivar seus filhos a serem indivíduos mais seguros, a se sentirem bem com o desconhecido e construírem um raciocínio mais complexo. Resulta ainda no fortalecimento da relação familiar “, conclui ela.

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