quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Entenda a Síndrome de Down


Mesmo sendo a alteração genética mais comum no Brasil, a Síndrome de Down ainda gera muitas dúvidas: o que é? As crianças que têm a síndrome vão se desenvolver normalmente? Como são os cuidados?
Entenda a Síndrome de Down

O que é a Síndrome de Down?


Descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico inglês Langdon Down, é causada por um excesso do material cromossômico: em vez de dois cromossomos 21, o feto apresenta três.

Esta trissomia pode ser simples, quando há um cromossomo a mais em todas as células do organismo; mosaico, quando este cromossomo extra aparece em algumas células apenas, ou por translocação, quando o cromossomo 21 está junto de outro cromossomo.
E isso gera diversos comprometimentos:


- Os mais visíveis são as alterações da imagem. Crianças com Down podem apresentar dedos curtos, pregas nas mãos, olhos um pouco mais puxados, orelhas pequenas, além de outras características.

- Hipotonia, ou seja, redução da força muscular, que pode levar a uma lentidão no desenvolvimento motor. 

- Cardiopatias congênitas, ou malformações cardíacas, que, na maioria dos casos, só são resolvidas com cirurgia.

- Pulmão e brônquios são mais fracos, o que predispõe a doenças respiratórias. Outros órgãos também podem apresentar funcionamento irregular. O intestino fica mais ressecado. A vesícula biliar não se contrai adequadamente.

- Os ligamentos são mais frouxos, a criança tem maior flexibilidade. Com isso, corre o risco de as articulações não se manterem estáveis, principalmente as dos pés, joelhos, coluna cervical, coxa e bacia.

- Cerca de 99% das pessoas com síndrome de Down têm problemas de visão e de 10% a 30% apresentam falhas na audição, por isso é indicado fazer avaliações auditivas e oftalmológicas anualmente.

Cuidados necessários

A criança com Down precisa num primeiro momento de fisioterapia, para adquirir força nos músculos, e de fonoaudiologia, para auxiliar no aprendizado da fala e enrijecer a mandíbula. E depois, quando estiver entrando no período pré-escolar, é indicado que tenham acompanhamento de um terapeuta ocupacional e de um psicopedagogo.

Probabilidade

A chance de uma criança nascer com síndrome de Down no mundo é de 1 para 1000 nascidos. Em 100% dos casos, os bebês nascem com algum comprometimento intelectual. Importante levar em conta a idade dos pais. Quanto mais velho ou mais jovem o casal, maior a probabilidade de o filho nascer com a síndrome.

Com quanto tempo de gestação se descobre a síndrome?

Por ser uma alteração genética, é possível descobrir se o feto tem Síndrome de Down antes do parto. Durante a gravidez, o diagnóstico pode ser feito entre a 8ª e 9ª semanas, por avaliação citogenética (constituição genética das células), ou entre a 12ª e 13ª semanas por amniocentese (análise do líquido amniótico). Estes exames são realizados em consultório e levados para análise em laboratório. Já se os pais optaram pela fertilização in vitro, é possível descobrir se o embrião tem a trissomia antes mesmo de ser colocado na barriga da mãe.

Estes exames não são obrigatórios durante o pré-natal. O obstetra pode sugeri-los em famílias de risco, quando a mãe tem idade avançada, quando há outros casos de cromossomopatias ou então quando o ultrassom indica algumas alterações características, que podem ser identificadas entre a 6ª e 8ª semanas.

A dosagem hormonal da mãe também pode indicar alguma alteração no feto. Neste caso, é necessário iniciar uma investigação mais específica, já que apenas 30% das mães com alterações hormonais têm fetos com algum tipo de problema.

Existem diferentes níveis da síndrome?

Não, apenas existem indivíduos diferentes entre si, assim como todos nós. O que determina as diferenças, além do padrão genético, são os estímulos do ambiente em que a criança se desenvolve.

A nutrição, vacinação e educação também têm participação na qualidade de vida da criança com Down, assim como as atividades físicas.

A alimentação merece uma atenção especial, já que o intestino grosso destes indivíduos é mais longo e funciona mais devagar, absorvendo mais nutrientes. As pessoas com Síndrome de Down precisam de alimentos que ajudem o desenvolvimento neural, como peixes com ômega 3 e oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas.

Além disto, eles precisam de minerais e dois metais, cobre e zinco, que podem ser encontrados em carne, ostras e outros alimentos. As crianças com Down não devem ser vegetarianas. Procure oferecer carne de animais jovens, como vitela, e alimentos frescos, sem muitos conservantes.

Como é o desenvolvimento físico da criança com Down? No que ela é diferente?

O desenvolvimento é diferente das crianças comuns, mas segue características próprias da síndrome. Atualmente, existe uma lista de padrões próprios para estas crianças. É importante que o pequeno siga as curvas de peso, padrões e desenvolvimento próprios. Quando ele não se encaixe nestes padrões, é necessária uma investigação mais precisa, seja ela óssea, de estatura ou neurológica.

As mulheres com mais de 40 anos têm mais chances de ter um filho com síndrome de Down?

Sim, assim como aquelas que engravidam com menos de 18 anos. Aos 49 anos da mulher, por exemplo, as chances de ter um filho Down é de 1 para 100.

O indivíduo com síndrome de Down tem direitos e deveres legais diferentes das pessoas comuns?

Teoricamente, não, exceto: a família do Down tem direito a receber um salário complementar, quando os pais não estão trabalhando ou registrados. Há também a isenção do IPI em veículos.

Qual a expectativa de vida dos portadores da síndrome? A criança corre o risco de morrer durante a infância? Quais são eles?

É igual a de qualquer outra pessoa: entre 60 e 70 anos. A criança com Down correm os mesmos riscos de morrer durante a infância quanto qualquer criança comum. O único caso no qual o risco de morte é maior é quando a criança apresenta alguma cardiopatia.

Pessoas com síndrome de Down têm a sexualidade exacerbada? Eles podem namorar e casar normalmente?


Não, a sexualidade é exposta, não exacerbada. As pessoas com Down não têm inibição social para traduzir o que pensam ou sentem. Eles podem namorar e casar normalmente, desde que seja dada a oportunidade.

Mulheres portadoras da síndrome podem engravidar? O bebê terá a síndrome? A gestação ocorre normalmente?


As mulheres com Down podem engravidar normalmente. Se elas engravidarem com outra pessoa com Down, as chances de ter um filho Down são de 80%; quando é com um homem normal, este número cai para 50%. A gestação é considerada de risco, já que a futura mãe com Down não entende os cuidados que necessita. Ela deverá fazer uma cesárea, além de ter uma dieta adequada durante toda a gestação.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Saiba como se livrar das olheiras


As causas da área escura no rosto podem variar. Descubra o melhor tratamento


Saiba como se livrar das olheiras
As noites em claro e os dias cheios com as crianças podem deixar um aspecto cansado no rosto dos pais. As causas das olheiras, áreas escuras em volta dos olhos, variam muito, em algumas pessoas, o problema é maior do que apenas cansaço.
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Conheça as principais quatro causas, que podem estar associadas e complicar o tratamento:

Constitucionais: são pálpebras que se apresentam de cor acastanhadas e fundas. Acontece quando os olhos são mais fundos e a pele que cobre está região é mais fina. Elas são mais comuns nas etnias indiana e árabe.

Melânicas: como o nome já diz, são aquelas causadas pelo acúmulo de melanina (pigmento da pele) e se apresentam acastanhadas. Elas são estimuladas com o excesso de Sol e pode ter causa hormonal.

Sanguíneas: são arroxeadas e causadas por acúmulo de hemoglobina, ou seja, pelo pigmento das células sanguíneas, bem como por algum medicamento ou estimulo orgânico que dificultam a circulação sanguínea.

Vasculares: aquelas de aspecto azulado e provêm da retenção local de fluidos. Geralmente elas se agravam com o stress, noite mal dormida e cansaço.

Para eliminar as olheiras e descobrir qual a origem correta do problema, o ideal é procurar um dermatologista. Cristiano Kakihara, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, aponta que os tratamentos devem ser feitos juntos.

Enquanto, em alguns casos, uma boa noite de sono ajude, outros exigem um cuidado melhor. Algumas substâncias como ácido tioglicólico, vitamina K1 (que melhora a vascularição), o alfa-arbutin, a cafeína, hidroquinona, ácido kójico, ácido fítico, ginkgo biloba, vitamina E, vitamina A, retinol, retinaldeído, ácido glicólico, L-ácido ascórbico e rutina são indicados.

Outros tratamentos feitos no consultório do médico podem melhorar o aspecto da pele, como os peelings químicos, luz intensa pulsada, LASER  Q-switched Nd-YAG, LASER erbium-glass e LASER de dióxido de carbono e a drenagem linfática facial. Nenhum destes tratamentos elimina as olheiras 100%. Todos precisam de acompanhamento médico e só devem ser feitos depois da indicação de um especialista.

As crianças também podem ter olheiras, mas as causas são mais simples, como uma irritação na pele, renite ou até mesmo dormir de boca aberta. Por terem a pele mais grossa do que os adultos, os vasos sanguíneos e a vermelhidão muscular da região dos olhos não costumam aparecer. O tratamento nas crianças não deve ser estético, mas deve-se procurar a causa do problema.

Epidemia de ossos quebrados

Criança também pode sofrer de osteoporose. Conheça fontes de cálcio



Epidemia de ossos quebrados

A osteoporose, geralmente, é associada a mulheres com mais idade, mas até as crianças podem sofrer com o enfraquecimento dos ossos. Fraturas podem aconteceu durante a infância, mas se elas são frequentes, e acontecem numa mesma região do corpo, preocupe-se.

Um estudo comparou a densidade óssea dos moradores de Rochester, nos Estados Unidos, em 1969 e 1999 e descobriu que as crianças entre 8 e 14 anos estão quebrando mais os braços: o número de casos aumentou 42%.

Segundo Sundeep Khosla, professora de medicina da Mayo Clinic College of Medicine, “as crianças estão mais deficientes de cálcio do que nunca”. Para ela, as crianças bebem muito mais refrigerantes e sucos, deixando os produtos lácteos de lado.

Só que o cálcio é essencial para que os ossos fiquem resistentes, ainda mais durante a infância, além de ajudar a coagulação do sangue, contração e relaxamento dos músculos, transmissão de impulsos nervosos e ativação de enzimas.

A Academia Americana de Pediatra recomenda que as crianças de 1 a 3 anos ingiram 500mg de leite ao dia; de 4 a 8 anos, 800mg/dia, e 1.300mg/ dia para aquelas com mais de 9 anos. Estima-se que aproximadamente 2% do peso do corpo humano seja constituído por cálcio.

Ainda que pareça simples introduzir o leite e seus derivados na alimentação das crianças, um estudo do Journal of the American Dietetic Association mostrou que o problema está no gosto. As crianças não gostam mais do leite puro e só ingerem o alimento quando ele tem outro gosto, como chocolate ou morango. Só que estas opções têm mais calorias do que o leite puro e pode trazer outros problemas para o organismo das crianças.

Montamos uma lista de alimentos derivados do leite ou que possam ser uma fonte de cálcio tão boa quanto. Confira:

Iogurte
Sardinha
Mariscos
Ostras
Repolho crespo
Folhas de nabo
Folhas de mostarda
Brócolis
Espinafre
Tofu
Semente de girassol
Queijos
Amêndoas
Avelã
Noz
Cantanha-do-pará
Chocolate
Feijão Branco
Soja

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Hora de tirar a fralda: o que fazer?


Chegou a hora. Chegou aquele momento em que desde que nossos filhos nascem, nos perguntamos, quando será que vou parar de trocar fraldas o dia inteiro? Quando eles completam dois anos essa questão começa a ficar mais forte e a ansiedade aumenta a passos largos. Vemos o amiguinho da pracinha sem fralda, o primo, o colega da escola, lemos um artigo na revista e por aí vai. A primeira coisa a se fazer é conversar com o pediatra. É nele que confiamos e por isso é uma opinião que deve ser levada em consideração, assim como em tantos outros momentos de dúvida que temos no desenvolvimentos dos pequenos. Não adianta ficarmos como barata tontas perguntando para um e para outro como fizeram o desfralde dos filhos, porque ouviremos de tudo e a cabeça vai dar um nó. Erro que cometi, claro. Do pediatra escutei: "O mais importante é ter calma, respeitar o tempo da criança, observar o amadurecimento necessário para que o desfralde aconteça. Ele vai começar a pedir para ir ao banheiro ou vai começar a se incomodar com a fralda suja". 
Hora de tirar a fralda: o que fazer?
Pois bem, isso nunca aconteceu com o Pedro. Fralda limpa ou cheia de xixi dava na mesma para ele. Pedir para ir ao banheiro? Nunca na vida. Mesmo que eu colocasse a turma do Mickey inteira lá, ao vivo e a cores, ele não iria. Antes de desistir de vez ainda pensei: - será que foi o adaptador de vaso rosa chock que comprei, que o deixou traumatizado? Acabei relaxando. Entendi que ele não estava na hora mesmo. Não era culpa da cor vibrante e nem minha. Uns seis meses depois, ou melhor, nestes dias, veio um recadinho da escola para iniciarmos o desfralde. Do mesmo jeito que eu estava peguei o carro e fui para o shopping comprar cuecas. Chegou a hora! Na reunião com a psicopedagoga, a primeira pergunta: - Está preparada mamãe? Resposta por pensamento: - Bom, depende, para parar de trocar fraldas estou preparadérrima. Para ver meu tapete da sala virar pinico, não, nem um pouco. Mas com pensamento positivo e muita vontade de que tudo fosse da forma mais tranquila para meu filho para todos nós, segui cada conselho que recebi aquele dia.
1) A partir de amanhã de manhã já tire a fralda. Converse com o seu filho antes e diga que agora ele é um rapaz grande e já pode fazer xixi e cocô no vaso.
2) Não coloque a fralda mais, em nenhuma ocasião, apenas para dormir a noite. Converse com ele antes para não gerar confusão na cabecinha. Se ele não quiser colocar de jeito nenhum, espere ele dormir e coloque, mas quando acordar, explique o porque ele dormiu de fralda.
3) Pergunte se ele quer ir ao banheiro cada vez que você lembrar. Mas não muitas vezes e nem insista para que ele vá, caso não queira naquele momento. Ele pode e provavelmente vai acabar fazendo na calça, mas logo vai entender que ficar molhado não é agradável e por isso vai te ouvir das próximas vezes.
4) Sempre que escapar na cueca, não o culpe e nem brigue. Converse sempre com o xixi e não com ele. Ex: - poxa seu xixi, acabou saindo fora da sua casinha, mas não tem problema, da próxima vez vai ser diferente.
5) Comemore e dê carinho cada vez que ele acertar e fizer as necessidades no vaso. Juntos, digam tchau e puxem a descarga.
6) Crie a rotina de lavar as mãos dele depois de cada vez que for ao banheiro.
7) Neste período deixe ele só de chinelos ou sandalinhas fáceis de lavar. Nada de tenis ou sapatos fechados.
8) Para forrar a cadeirinha do carro e não precisar limpar toda hora que escapar alguma coisa, coloque aquelas fraldas grandes de cachorro por baixo dele.
Depois de alguns xixis no edredom, no tapete, no colo, no shopping e uma cuequinha tão suja de cocô a ponto de ir direto para o lixo, deu tudo certo. Em 10 dias o meu bebezinho virou mesmo um rapaz, que já me pede para ir ao banheiro e sabe segurar direitinho suas necessidades fora de casa. É nessas horas que a gente percebe o quanto eles crescem rápido. Parece que foi ontem que aprendi a trocar minha primeira fralda. Mas vamos em frente que ainda tem muito xixi para darmos tchau!

Como lidar com brigas entre irmãos

Passo a passo para acabar com as brigas em casa...


Como lidar com brigas entre irmãos

Seus filhos brigam muito, vivem provocando um ao outro, ainda que se gostem e façam pequenas tréguas? Organizamos um passo a passo para intervir na situação e conseguir uma declaração de paz definitiva.

1. Comece tendo uma conversa com eles. Fale de maneira clara e objetiva, descreva o que sente e pensa a respeito da situação.

2. Deixe que eles também se exponham, falem sobre seus motivos e sentimentos.

3. Descreva como você gostaria que eles se comportassem e tratassem uns aos outros.

4. Convide-os a tentarem mudar, dizendo que irá ajudar.

5.  Faça pequenas brincadeiras ou jogos cooperativos, em que cada um possa contribuir com suas habilidades - caça ao tesouro é uma boa opção.

6. Façam um acampamento na sala ou no jardim, isso favorece a intimidade e a colaboração.

7. Peça que eles elenquem atividades que possam fazer juntos. Incentive-os e elogie os mínimos esforços e avanços. Elogie muito e sempre que eles estiverem bem, brincando juntos e se ajudando.

8. Dê a cada um, separadamente, um momento exclusivo com você. Esse será um momento só de vocês, onde ele não precisará dividir a sua atenção com ninguém. 

Isso é bem simples e faz muita diferença para as crianças.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Socialização infantil fora do ambiente familiar


Durante o processo de socialização na família, a criança começa a se dar conta que não é o centro do universo e que há regras para uma convivência saudável, que precisam ser obedecidas e respeitadas. É com os pais que ouve os primeiros ¨nãos¨ e aprende a obedecer, seja para impedir que se machuque ou por não poder satisfazer seus desejos mais imediatos.

Dentre os meios que favorecem e auxiliam a vida social da criança fora do lar, certamente a escola ou equivalente é a mais importante, por ser uma sociedade em miniatura.
Para a criança significa se aventurar num mundo completamente novo, longe dos pais e dos irmãos, tendo que se adaptar a novas regras, limites e horários, muitas vezes mais rígidos.
Se os pais escolheram uma instituição educativa dentro da comunidade em que vivem, provavelmente os valores morais e sociais serão semelhantes aos que eles adotam, facilitando o entrosamento infantil no novo grupo social.
A criança formará novas amizades, influenciando e sendo influenciada por elas, adquirirá maior autonomia e novos hábitos, aprenderá a assumir algumas responsabilidades por seus atos, de acordo com a fase em que se encontra. Por exemplo: se ainda usa fralda é bem capaz de deixar de usá-la porque observou seu amiguinho se utilizando normalmente do sanitário: ou deixar a mamadeira para se utilizar de copo e assim por diante. Provavelmente também falará mais cedo, aprenderá a compartilhar suas coisas...
Mas não imitará apenas comportamentos e atitudes positivos. Conflitos entre aquilo que os pais ensinaram e o que aprendeu com seus amiguinhos, podem surgir. Cabe aos pais orientar seus filhos do que é ou não conveniente encorajar e manter e diferenciar o certo do errado, já que é função parental.
No ambiente escolar a criança também terá contato com as diferenças culturais, sociais, econômicas, de raça, credo, opiniões e pontos de vista, possivelmente pela primeira vez, o que oferece oportunidade para o professor semear respeito, compreensão, tolerância e inclusão.
Não são todas as crianças que são aceitas pelo grupo, mas elas acabam elegendo um grupo menor e homogêneo para interagir com mais facilidade.
Apesar de o professor ser uma figura de autoridade, os pais não devem pensar que é da responsabilidade dele ou da instituição, a educação de seu filho. A educação familiar, como o próprio nome sugere, é função da família. Obviamente que o professor procura estabelecer ordem, disciplina, cobra obediência, evita que as crianças se machuquem, fortalece as regras morais e sociais conforme os eventos se sucedem no grupo, além de ministrar habilidades escolares.
As crianças iniciam a socialização fora do lar cada vez mais cedo. De qualquer forma, dependem exclusivamente de uma boa preparação feita pelos pais, para que não entrem em choque com a nova realidade e não se sintam rejeitadas e abandonadas pelas pessoas que mais ama e necessita.
Não importa o tempo de vida que tenha, os pais devem se utilizar de palavras convenientes à compreensão de seu filho para lhe explicar os motivos pelos quais está colocando-o na escola, creche, berçário ou outra instituição com finalidade semelhante.
Por certo que a criança que obteve uma educação familiar adequada, amorosa e firme, poderá ter uma adaptação social mais amistosa, interagindo com seus pares com muito respeito e companheirismo.